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O cenário urbano de Presidente Prudente, historicamente marcado por casas térreas e bairros horizontais, vem mudando de maneira acelerada na última década. A verticalização, fenômeno que caracteriza a multiplicação de prédios residenciais e comerciais, não apenas transformou o skyline da cidade como também redefiniu o comportamento do mercado imobiliário local.

De acordo com corretores e especialistas, o movimento começou tímido, restrito ao Centro e regiões próximas, mas hoje já atinge diferentes bairros em expansão. A busca por maior aproveitamento de terrenos, somada ao aumento da demanda por moradia bem localizada, impulsionou construtoras e incorporadoras a investir em edifícios cada vez mais modernos, equipados e competitivos.

Um fator central que explica a verticalização prudentina é a mudança no perfil do comprador. Famílias menores, jovens profissionais e investidores passaram a ver nos apartamentos uma opção prática, segura e que agrega valor. Os prédios oferecem comodidades como portaria 24 horas, vagas cobertas, salões de festas, academias e áreas de lazer, além de localização estratégica próxima a escolas, hospitais e centros comerciais.

“Hoje o cliente não procura apenas um apartamento, ele procura um estilo de vida. O morador quer conveniência, serviços agregados e, acima de tudo, segurança”, explica um consultor do setor. Essa percepção tem feito com que os lançamentos sejam rapidamente absorvidos pelo mercado, inclusive em faixas de preço mais altas.

Outro ponto relevante é a mudança de mentalidade em relação ao uso do espaço urbano. Se antes a preferência cultural era por casas grandes e quintais amplos, hoje a praticidade fala mais alto. Apartamentos com metragens mais compactas, mas bem planejados, têm conquistado o público que busca reduzir custos de manutenção e ganhar em qualidade de vida.

Em termos de investimento, os prédios representam uma excelente alternativa. Com a valorização constante dos terrenos, os imóveis verticais oferecem liquidez e boa rentabilidade no aluguel, principalmente em regiões próximas a universidades e áreas centrais. Investidores locais têm apostado em studios e apartamentos de um dormitório como ativos de fácil comercialização.

Do ponto de vista urbanístico, a verticalização também desafia a cidade a repensar sua infraestrutura. Mais moradores concentrados em determinados eixos exigem melhorias no trânsito, transporte público, saneamento e áreas verdes. O poder público, atento a esse movimento, já discute diretrizes de planejamento para equilibrar crescimento e qualidade de vida.

A tendência é que o processo se intensifique nos próximos anos. Bairros como Jardim Aviação, Jardim Bongiovani e áreas próximas ao Parque do Povo já recebem projetos de edifícios de médio e alto padrão, enquanto o Centro segue atraindo empreendimentos comerciais que reforçam a vitalidade econômica da região.

No horizonte de Presidente Prudente, os prédios deixam de ser exceção para se tornarem parte da identidade urbana. Uma mudança que, além de redesenhar a paisagem, reposiciona a cidade como polo de inovação e dinamismo no mercado imobiliário do interior paulista.

 

Fonte: João