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O mercado imobiliário de Presidente Prudente não vive apenas de empreendimentos de alto padrão e condomínios de luxo. O segmento de imóveis populares, voltado para famílias de renda média e baixa, tem sido um dos motores mais consistentes de crescimento do setor. Nos últimos anos, programas habitacionais, linhas de crédito subsidiadas e a atuação de grandes construtoras, como MRV e Pacaembu Construtora, consolidaram a cidade como referência regional em habitação acessível.

A base desse movimento está em políticas públicas como o Minha Casa, Minha Vida, que, após sua reformulação, ampliou o teto de financiamento e flexibilizou critérios de acesso. Com subsídios que podem chegar a mais de R$ 55 mil e taxas de juros reduzidas, milhares de prudentinos passaram a ter a oportunidade de adquirir o primeiro imóvel. O reflexo é visível: lançamentos em bairros periféricos e regiões em expansão registram forte procura, com unidades esgotadas em poucas semanas.

Outro fator que impulsiona esse mercado é a disponibilidade de financiamento em prazos estendidos, muitas vezes acima de 30 anos, e a possibilidade de parcelamento da entrada diretamente com as construtoras. Esse modelo facilita o acesso de famílias que, em outro cenário, ficariam restritas ao aluguel. “Hoje é possível transformar o valor do aluguel em parcela da casa própria, o que tem sido um divisor de águas para muitos clientes”, explica um corretor local.

Em Presidente Prudente, bairros como Humberto Salvador, Jardim Novo Prudentino e regiões próximas ao Residencial Monte Rey concentram parte dos lançamentos populares. Os empreendimentos costumam oferecer apartamentos de 2 dormitórios, área privativa de cerca de 40 m² e infraestrutura básica do condomínio, que pode incluir salão de festas, playground e piscina. Embora compactos, esses imóveis respondem a uma demanda real: famílias que buscam sair do aluguel, conquistar independência ou investir em um patrimônio de longo prazo.

Do ponto de vista das construtoras, os imóveis populares têm sido estratégicos. Grandes empresas apostam em escala, com centenas de unidades por lançamento, o que garante viabilidade econômica mesmo com margens menores. Além disso, o mercado prudentino apresenta características favoráveis: crescimento populacional constante, presença de universidades e polos industriais que atraem novos moradores em busca de habitação.

A valorização desses imóveis também não deve ser subestimada. Embora o metro quadrado seja mais baixo que o de regiões nobres, a alta procura e a liquidez garantem crescimento patrimonial. Estudos apontam que apartamentos populares em Presidente Prudente podem apresentar valorização média de 6% a 8% ao ano, superando inclusive a rentabilidade de aplicações financeiras conservadoras.

Outro aspecto relevante é o impacto social. Ao viabilizar moradia digna para milhares de famílias, os programas habitacionais reduzem o déficit de moradia, movimentam a economia e geram empregos diretos na construção civil. A cadeia produtiva é ampla: fornecedores de materiais, mão de obra especializada e comércio local são beneficiados pelo aquecimento do setor.

Com as perspectivas de continuidade do Minha Casa, Minha Vida e o aumento do crédito direcionado à habitação, especialistas acreditam que o segmento popular seguirá como protagonista em Presidente Prudente nos próximos anos. Além de garantir moradia, esses empreendimentos funcionam como porta de entrada para novos investidores, que enxergam nos imóveis populares uma oportunidade de retorno rápido e consistente.

Em uma cidade que cresce em diferentes direções — seja pela verticalização, pelos condomínios fechados ou pelos bairros de alto padrão —, o mercado de imóveis populares reafirma sua importância como motor de desenvolvimento e inclusão. Mais do que um segmento de mercado, trata-se de um movimento social que transforma vidas, impulsiona a economia e redesenha o futuro do mercado imobiliário prudentino.

Fonte: João