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A cada início de semestre, a cidade se transforma. Jovens em busca de repúblicas, apartamentos compactos, kitnets e casas próximas às instituições de ensino disputam imóveis em pontos estratégicos. O resultado é um mercado aquecido, com alta liquidez e forte potencial de rentabilidade para proprietários e investidores.

De acordo com corretores locais, a procura por imóveis de locação estudantil concentra-se em regiões próximas às universidades, mas não se limita a elas. Bairros bem servidos por transporte público, comércio e serviços, como Jardim Bongiovani, Vila Ocidental e Parque do Povo, também entram no radar dos estudantes. A conveniência pesa tanto quanto a proximidade, já que muitos preferem viver em áreas com boa infraestrutura urbana.

Outro fator que explica a força desse mercado é a diversidade de perfis entre os estudantes. Há aqueles que optam por dividir casas e repúblicas, buscando economia; outros priorizam apartamentos individuais ou kitnets, em busca de privacidade e tranquilidade. Essa segmentação cria oportunidades variadas para investidores, que podem adaptar seus imóveis a diferentes nichos.

Nos últimos anos, o conceito de moradia estudantil também evoluiu. Empreendimentos voltados exclusivamente para esse público, com espaços de convivência, lavanderias coletivas e internet de alta velocidade, têm se tornado cada vez mais comuns. A proposta é oferecer não apenas moradia, mas uma experiência completa de vida universitária. Essa tendência, que já é consolidada em capitais, começa a ganhar força em Presidente Prudente, acompanhando a modernização do setor imobiliário.

A rentabilidade é outro atrativo. Em média, imóveis voltados para locação estudantil em Presidente Prudente podem gerar retornos entre 0,6% e 1% ao mês sobre o valor investido, índice bastante competitivo em relação a outros tipos de investimento. Além disso, a rotatividade garante fluxo constante de novos inquilinos, reduzindo o risco de vacância prolongada.

Para os proprietários, no entanto, há desafios. A alta rotatividade exige contratos bem elaborados, gestão eficiente e, muitas vezes, maior manutenção dos imóveis. Investir em mobiliário básico, como cama, armário e mesa de estudos, pode ser um diferencial para atrair estudantes e reduzir o tempo de vacância entre locações.

Outro ponto em destaque é o impacto da tecnologia. Plataformas digitais de aluguel e grupos em redes sociais se tornaram canais fundamentais para conectar proprietários e estudantes, acelerando negociações e ampliando a visibilidade dos imóveis. A digitalização, que ganhou força durante a pandemia, veio para ficar, tornando o processo de locação mais ágil e transparente.

Do ponto de vista da cidade, o mercado de locação estudantil vai além da movimentação imobiliária. Ele impulsiona setores como transporte, alimentação, lazer e serviços, consolidando o papel de Presidente Prudente como centro regional de desenvolvimento. Cada estudante que chega movimenta a economia, gera demanda por empregos e fortalece o ecossistema urbano.

As perspectivas são positivas. Com a consolidação de Presidente Prudente como polo universitário e a expansão de cursos presenciais e híbridos, a tendência é que a demanda por locação estudantil continue em alta. Para investidores atentos, trata-se de uma oportunidade sólida de retorno financeiro e de participação em um mercado que, além de lucrativo, tem relevância social.

No fim das contas, o estudante não aluga apenas um imóvel: ele escolhe um espaço para viver experiências que marcarão sua trajetória acadêmica e pessoal. E é justamente nesse ponto que o mercado de locação estudantil se diferencia — oferecendo mais do que moradia, mas um capítulo fundamental da vida universitária em Presidente Prudente